Caroline Lima

BrazilBreaking CultureViral Sensations

viral sensations: ana paula xongani

September 6, 2019
92 Picks

You may recognize them from a meme saved in your camera roll or their content shared on your timeline. This month, we’re highlighting some of our fave viral sensations killing it on social media. These are the Black creatives breaking, curating, and shaping viral culture today.

Name: Ana Paula Xongani
Pronouns: Ms
Follow @:  Instagram, Facebook or YouTube
Star Sign: Xongani

How do you describe what you do? // Como você descreve o que você faz?

Affective activism. Through dialogue, acceptance, and inclusion, I seek to broaden ideas and possibilities for discussion, with different points of view. I do not aim to center all experiences on myself but to be a conversation mediator. I invite people, the “xongs” (a nickname for my followers) to talk to each other. I try to make my social media channels act as a meeting space. It’s not only about Ana Paula Xongani.

My content proposes “cozy conversations” to talk lightly and in a responsible way about important and urgent topics so that everyone together can build a fairer and more welcoming world for everybody, especially for Black women.

Ativismo afetivo, como costumo dizer. A partir do diálogo, do acolhimento e da inclusão, procuro ampliar ideias e possibilidades de discussão, com diferentes pontos de vista. Não tenho como propósito centralizar todas as experiências em mim e sim ser como uma mediadora de conversa. Convido as pessoas, os “xongs” pra conversar entre si. Procuro que meus canais sejam um canal de encontro, não apenas um canal da Ana Paula Xongani.

Meu conteúdo propõe “conversas gostosinhas” pra falar com leveza e responsabilidade sobre temas importantes e urgentes para que todo mundo, junto, construa um mundo mais justo e acolhedor para todas as pessoas, especialmente para as mulheres pretas.

How has life changed since you’ve gone viral? // Como sua vida mudou desde que se tornou viral? One of the things that changed the most was the need to be even more careful with my words. I really need to pay attention to the construction of my speeches and understand how it impacts my life, the life of people around me and the life of people who consume my content. This is very important to me.

But of course, there are other things as well. Nowadays I am able to make super cool partnerships with brands and work in a co-creation method. And there’s also the thing of accessing places that I never been before, that I didn’t expect to be. Now, my family is proud to see me there, because it’s about them also.

Every place I go, I believe is a place for changing, which is minimally open to rethinking the structures that have kept people like me out of these spaces. So this is something that makes me happy and proud too.

Uma das coisas que mais mudou foi ter ainda mais cuidado com as palavras, prestar atenção na construção dos discursos, por entender os impactos da exposição de minha voz na minha vida mesmo, na das pessoas do meu entorno e nas pessoas que consomem meus conteúdos.

Mas, claro que tem outras coisas também. Tem o lance de ter conseguido fazer parcerias super legais com marcas e fazer projetos em co-criação.E tem ainda o lance de acessar lugares que nunca acessei, que não esperava acessar, que minha família está orgulhosa por me ver acessando, porque é construção deles também. Cada lugar que acesso, eu acredito que é um lugar que está se transformando e aberto a repensar as estruturas que tem mantido pessoas como eu fora destes espaços. Então, isso é algo que me deixa feliz e orgulhosa também.

Do you think fame is fragile? // Você acha a fama frágil? Fame is fragile, but being relevant is not. There are some objective and subjective factors that go into what makes one famous. Real relevance is, somehow, unwavering. Because irrelevant people can be famous. Relevant people may not be. It all depends on the meaning given to fame and relevance. I think it’s very important for content creators to reflect on what fame is. Do we want or need to construct and reinforce that idea “glamour fame” for those who consume our content? I love it when my followers say that I’m accessible. I really like it. I create content to connect with people, not to be distant from them. The horizontality of relationships, all of them I think, in the private and public spheres, are making more and more sense to people.

And I really think it’s good that fame is fragile because fame doesn’t say much about anything. While relevance says a lot.

A fama eu acho frágil. Relevância não. O que te torna famoso são fatores objetivos e subjetivos. E tudo isso está submetido também à estrutura de sociedade que temos. Uma relevância real é, de certa forma, inabalável. E a noção toda é bastante relativa. Porque pessoas irrelevantes podem ser famosas. Pessoas relevantes podem não ser. Tudo depende da leitura e do valor atribuído à fama e à relevância. Penso também que as reflexões sobre isso tem sido importantes entre os criadores de conteúdo. Será que a gente quer ou precisa querer essa fama distante de quem consome nosso conteúdo? Gosto muito quando dizem que sou acessível.. Eu crio conteúdo para me conectar às pessoas, não para estar distante delas. A horizontalidade das relações, todas elas eu acho, nas esferas privadas e públicas, estão fazendo cada vez mais sentido para as pessoas.

E, de verdade, eu acho bom a fama ser frágil porque a fama não diz muito sobre nada. Enquanto a relevância diz muito.

What meme was your reaction when your first video went viral? // Qual foi sua reação quando seu primeiro vídeo se tornou viral (e conte a história por trás da criação)?

My first viral video was a review of a racist children’s book. It has promoted many debates between educators, mothers, fathers and child-carers. It was a debate that I consider very important and had a satisfactory result. The debate sensitized the author of the book and all copies were removed from stores, which was an important social impact in the lives of children, families, especially Black women.

The second video was about my daughter, which I did right after dealing with our daily situation of her deprecation as a Black child by white children. We broadened the debate about the loneliness of Black women. We talk about this loneliness that begins in childhood friendships, and how this loneliness impacts the life of a child, then the woman. Friendships are very important in structuring our lives and we also need to talk about that when we talk about racism and structural racism. I was talking about people who reject Black people, who make Black people invisible in their daily lives, since childhood.

Meu primeiro vídeo bastante viral foi um crítico a um livro infantil com conteúdo racista. Ele promoveu muitos debates entre educadores, mães, pais e cuidadores de criança. Um debate que considero super importante e teve um resultado satisfatório. Sensibilizou a autora, o livro foi recolhido, o que é um impacto social importante, na vida das crianças, das famílias, sobretudo as pretas.

O segundo vídeo foi um sobre a minha filha, um que fiz logo após lidar com uma situação nossa, do cotidiano, de preterimento dela, enquanto criança preta, por crianças brancas. Ampliamos o debate sobre a solidão da mulher negra, que normalmente se resume às questões afetivas. Falamos sobre essa solidão que começa na infância, nas amizades, e como essa solidão traz impactos para a vida daquela criança, depois para a jovem, depois para a mulher, etc. Amizades são bastante estruturantes em nossa vida e precisamos também falar sobre isso, quando falamos sobre racismo, racismo estrutural. Eu estava falando sobre pessoas que rejeitam pessoas negras, que invisibilizam pessoas negras em seus cotidianos, DESDE A INFÂNCIA.

Related

ArtBreaking CultureBreaking CultureBreaking CultureMusic

Harmonizing Justice: Keith LaMar’s Jazz Odyssey in the Fight Against Injustice

ActivismActivismActivismBody Politics

Evolving Out of Body Positivity and Centering Anti-Fat Justice

Black FuturesCultureCultureListsOpinionOpinionPoliticsRaceRevolutionary

Are You Watching Enough Long Form Black YouTube?